Estima-se que 1,7 milhões de pessoas foram diretamente afetadas pela passagem do ciclone, que já é considerada uma das piores catástrofes climáticas das últimas duas décadas no sudeste de África.
O ciclone tropical Idai, considerado um dos piores ciclones tropicais registados em África e no Hemisfério Sul na sua globalidade, atingiu na passada quinta-feira a cidade portuária da Beira, uma das maiores de Moçambique com 500.000 habitantes, tendo seguido depois para oeste, em direção ao Zimbabué e ao Malawi, deixando um rasto de destruição e afetando milhares de pessoas.
O número de mortos, desaparecidos e afetados aumenta à medida que passam as horas. Em Moçambique contabilizam-se 202 mortos, mas na última segunda-feira o presidente do país, Filipe Nyusi, declarou que este número poderia ser superior a 1.000. No Zimbabwe o número oficial nesta altura é de 96 mortos e no Malawi de pelo menos 150. Segundo informações do Programa Alimentar Mundial da ONU considera que 1,7 milhões de pessoas foram diretamente afetadas pela passagem do ciclone, que já é considerada uma das piores catástrofes climáticas das últimas duas décadas no sudeste de África.
A medicusmundi manifesta o seu profundo sentimento e solidariedade às famílias vítimas do ciclone Idai que assola estes três países. E, de modo particular, gostaríamos de endereçar os nossos sentimentos a todas as famílias residentes na cidade da Beira, capital da Província de Sofala, em Moçambique, pelas perdas humanas e danos materiais de que foram vítimas. Segundo estimativas da Cruz Vermelha, 90% da cidade ficou devastada: inúmeras casas ficaram totalmente inundadas, milhares de famílias foram desalojadas e muitas das infraestruturas estão gravemente danificadas.
Atualmente, não trabalhamos nas províncias afetadas e as nossas equipas em Maputo e em Cabo Delgado não estão especializadas para atuações de emergência como as que são necessárias neste momento, já que como sabem, trabalhamos em projetos de desenvolvimento do sistema de saúde. Estamos a acompanhar com muita atenção os acontecimentos e a avaliar opções concretas de atuação quando for oportuno e possamos ser más úteis e eficientes.
Juntamo-nos de coração a todas as pessoas e instituições que neste momento trabalham para minimizar a dor e o sofrimento com que se confronta o país. Como dizem em Moçambique, “Estamos juntos”.
Mais informação:
- Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários OCHA
- Serviço de notícias das Nações Unidas – ONU NEWS
- Instituto Nacional de Gestão de Calamidades – INGC (Moçambique)
- Jornal Savana (Moçambique)
- Jornal O País (Moçambique)
- Informação no diario.es (Espanha)
- Informação da Coordenadora Valenciana de ONGD – CVONGD (Espanha)
- Informação da RTVE (Espanha)
- Informação da BBC News (Reno Unido)
- Informação da SIC Notícias (Portugal)
- Informação do jornal Público (Portugal)
- Informação do jornal Expresso (Portugal)